segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Um país livre se faz com homens livres?

Com a participação do escritor e jornalista paranaense, Laurentino Gomes, e mediação do também escritor e historiador carioca, Clóvis Bulcão, a mesa “Os órfãos da independência: as relações Brasil e África e as esperanças frustradas de 1822” discutiu o contexto do Brasil nos anos que antecederam a proclamação da independência e o que mudou no país após o 7 de setembro. A mesa aconteceu no Cine Vila Rica, na tarde de sábado.

Seguindo uma linearidade, os convidados começaram falando da figura de Tiradentes e terminaram no ano em que o Brasil deixou de ser colônia de Portugal. Para Laurentino, as guerras napoleônicas e o bloqueio continental, bem como as conjurações ocorridas no Brasil, contribuíram para a independência do país. “A ideia de Revolução era fermentada a todo instante”, diz. Ele esclarece, ainda, que a guerra de independência não foi pacífica como muitos pensam, pois “havia um clima de ódio entre lusos e brasileiros”. O jornalista cita alguns personagens importantes desse período, como José Bonifácio, a Imperatriz Leopoldina, e principalmente D. Pedro I, descrito por ele como “O herói multiuso da história brasileira”.

Após 1822, o Brasil era visto como um país fadado ao fracasso, já que havia uma sensação de orfandade por parte dos escravos, uma vez que seus desejos de liberdade e melhoria de vida não se concretizaram. “Havia o medo de uma guerra étnica entre negros e brancos”, afirmou Laurentino. Durante o debate, o escritor anunciou que já está preparando o último volume da trilogia sobre a história da monarquia brasileira, com o título 1889, que mostrará o governo de D. Pedro II e sua derrocada com a proclamação da República.

* Fonte: Site do Fórum das Letras

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