segunda-feira, 21 de maio de 2012

A REDAÇÃO QUE NINGUÉM VÊ


Por Flávia Pupo

Feche os olhos e imagine uma redação de uma TV. Um monte de pessoas correndo para todos os lados, o telefone que não pára de tocar, a caixa de e-mail lotada e ao fundo uma piada sobre algo visto na internet ou sobre alguém que está entre você naquele ambiente. Pois é. É exatamente assim.

Durante toda minha vida sempre tive duas certezas. A primeira é que eu queria cursar Comunicação Social e a segunda era trabalhar com TV. Desde o principio da minha vida acadêmica, a televisão me seguiu e me ajudou a aprimorar os meus conhecimentos adquiridos na universidade. O meu interesse sempre foi pela produção. Eu queria saber o que acontece atrás das câmeras, qual a real função do apresentador e como é todo o processo para fazer um programa ou um telejornal ir ao ar. E hoje eu posso afirmar: é magnífico. São muitas pessoas em prol de uma gravação diária, que tem o objetivo de levar informação para milhares de pessoas. Não é uma equipe, são várias equipes que se subdividem pelas suas áreas de atuação e fazem todo um trabalho impecável para fazer acontecer, afinal errar é humano, mas errar no jornalismo é imperdoável.
A televisão é um lugar em que se aprende de tudo a todo momento quando se é apaixonado por comunicação. Um detalhe, uma conversa, um minuto de atenção e você descobre coisas que na teoria podem passar despercebidas. A correria é enorme e a pressão do deadline também, mesmo em uma TV EDUCATIVA, como é o caso da TV UFOP. E o que mais me fascina é aquilo que o telespectador não vê. É o que está por trás das câmeras. É essa rotina diária de uma redação.
Um clima super descontraído, que realmente te estimula a gostar do que faz mesmo quando seu melhor amigo é o relógio. E não se assuste se vir o coordenador de produção ligar o som do computador para ouvir sertanejo na maior altura ou o repórter te enviar um vídeo super sério e quando você abrir é simplesmente algo inusitado. Ou se a moça lá da edição que você conversa tão pouco aparecer com uma tacinha de mousse ou vários chocolates, ou até mesmo se ouvir sua chefe reclamando de verba. Não importa a redação ou o meio de comunicação, é assim em todos os lugares denominados como redação de jornalismo.
Segundo o dicionário, notícia é conhecimento, informação, exposição de um acontecimento. No entanto a noticia é muito mais que isso. É trabalho duro, é compromisso e responsabilidade com um público que espera todos os dias uma informação que chame sua atenção, que dê respostas que ele busca e os livros nem sempre são capazes de responder.
O objetivo é sempre o mesmo, o que diferencia é a maneira como você leva essa informação. A proximidade que a reportagem traz para o público é que faz a diferença. De uma maneira que seja prazerosa assistir um telejornal e não simplesmente porque naquele horário a família está reunida no sofá da sala.
E como funciona? Feche os olhos novamente. E dessa vez, imagine câmeras, luzes sendo carregadas para a sala de redação. Imagine computadores no chão ou sob um banco de madeira desses que você tem em casa. Agora imagine duas placas bem grandes que são o fundo desse telejornal onde seu fundo funciona como camarim para o apresentador. E em volta imagine todo o resto da equipe produzindo as matérias, digitando tudo silenciosamente para dar continuidade aos seus trabalhos, pois um click e toda gravação tem que ser refeita. Imaginou? É assim que acontece com a TV UFOP. Uma redação que ao mesmo tempo é um estúdio de gravação, lugar pelo qual não passa apenas boas histórias e muito trabalho. Toda semana também passa ali um farmacêutico ou um médico, ou um professor, até o reitor da universidade aparece por lá. O motivo? Paixão. O amor pelo que faz, seja com limitações de verba ou com uma estrutura nem sempre a melhor possível faz com que bons profissionais façam belíssimos trabalhos como acontece aqui, na TV UFOP.
Não, espera ai! Não vai embora não porque ainda tem mais. O trabalho não acaba por aqui. Tem a pós-produção que é responsável por catalogar e registrar em arquivo todo o material. Um trabalho minucioso que precisa de muita calma para guardar tudo que foi feito durante a semana. Há matérias que são reaproveitadas e essa organização ajuda toda a equipe. Cinco minutos depois da gravação e a correria volta, os telefones não param e o trabalho continua.
 É assim na TV UFOP todos os dias, semanas e meses. E o que os move é a união e trabalho em equipe. A paixão por aquilo que fazem. Afinal já dizia Gabriel Garcia Marquez: Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."
A caminhada é longa, mas subir cada degrau com calma e transparência é a certeza de que aos poucos podemos alcançar o sucesso. Assim, a televisão UFOP cresce e ganha seu espaço a cada dia que passa.

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