terça-feira, 17 de abril de 2012

Tradições de Minas!

Bom dia, telespectadores da TV UFOP!


O dia 21 de abril é uma das datas mais importantes da história das lutas pela emancipação política de Minas.

Data em que Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi morto por ter idealizado e lutado pela Independência de Minas Gerais.

Foi aqui, especialmente em Ouro Preto, que sonhando e lutando pela liberdade, ele se tornou símbolo para outros movimentos de emancipação no Brasil.

E nesta semana em que nosso estado é homenageado e a nossa cidade torna-se simbolicamente a capital mineira, o PLANO ABERTO traz uma série de reportagens sobre esse berço de tantas glórias: Minas Gerais


A primeira reportagem é sobre o famoso Queijo Mineiro. O modo artesanal de sua fabricação em Minas Gerais foi registrado como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan.


A segunda abordagem da série fala de um aspecto geográfico marcante em nossa realidade: as Montanhas de Minas Gerais.


Na última produção você vai conhecer a história da cachaça e como é o processo de certificação de qualidade do produto. Você vai conhecer também Paulo Simões, um bancário que depois de aposentado, decidiu se tornar produtor de cachaça.


O PLANO ABERTO é exibido na TV UFOP, canal 31, de segunda à sexta-feira às 19h, com reprise ao meio-dia!

ASSISTA E ENVIE CRÍTICAS E SUGESTÕES PARA:

PRODUCAOTV@GMAIL.COM



Suas críticas e sugestões são muito importantes para a TV UFOP!


Abraço!




Érica Vieira
Coordenadora de Jornalismo - TV UFOP

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Projeto "Farmácias Vivas Comunitárias"

A TVUFOP mostra hoje no Plano Aberto o projeto de extensão do professor Ricardo Luiz Narciso , Farmácias Vivas Comunitárias que visa o uso de plantas medicinais para prevenção e proteção de doenças, além de dar visibilidade e importância a esse tipo de medicamento. E almeja também a integração da comunidade do quadrilátero ferrífero com a universidade. Essa integração se dará pelos conhecimentos científicos dos professores e universitários com os saberes tradicionais da população dessas comunidade, a cultura popular.

Para você se informar mais sobre o assunto disponibilizamos o pdf com a lista da Avisa das drogas vegetais autorizadas e também do Programa Nacional de Plantas Medicinais. Veja nos links:

Anvisa - Drogas vegetais autorizadas, indicações e como usá-las

Programa Nacional de Plantas Medicinais - MInistério da Saúde

Produção de Queijos

A TVUFOP realiza nessa semana uma série especial sobre as tradições de Minas, em homenagem a celebração do 21 de abril. A primeira matéria fala sobre o queijo e as professoras Érica Granato e Luciana Rodrigues do Curso de Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFOP responderam as nossas questões para esclarecer melhor sobre a produção e o consumo desse alimento. Confira!

1. Durante a produção de queijo quais os cuidados que o produtor deve ter com a higienização?

O leite é um alimento altamente perecível. Quem trabalha com ele deve ter hábitos de higiene como:
· Realizar a higienização das mãos com detergente e enxaguar com água. Lavar também o antebraço. Utilizar sempre água potável e de boa qualidade.
· Utilizar o uniforme, gorro, jaleco, calça e botas na cor branca e em bom estado de conservação.
· Secar as mãos com papel toalha descartável.
· Usar álcool gel para sanitização das mãos.
O ambiente, os equipamentos e utensílios utilizados no processamento devem ser higienizados logo após o processamento dos queijos. A higienização deve ser realizada em duas etapas.
Primeira etapa: Limpeza - Primeiramente é realizada a limpeza com detergente. As paredes, pisos, equipamentos e utensílios devem ser esfregados e em seguida enxaguados com água potável.
Segunda etapa: Sanitização – Após a limpeza deve ser aplicada uma solução sanitizante. A solução sanitizante mais utilizada é a base de cloro. A solução deve ser aplicada nas paredes, pisos, equipamentos e utensílios.

2. A população deve ter um cuidado maior ao adquirir queijos que não possuem registro em órgãos competentes.

Sim. É importante o consumidor verificar sempre ao adquirir um queijo se o mesmo possui registro em órgão fiscalizadores. Esses órgãos realizam a fiscalização tanto do processamento quanto dos estabelecimentos.
Os queijos que são comercializados a nível nacional possuem o selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal). Esse selo pode ser emitido também pelo IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária). Para os queijos que possuem selo do IMA a comercialização pode ser realizada em todo o estado de Minas Gerais. Portanto o consumidor deve sempre observar se os queijos adquiridos possuem os selos do SIF ou do IMA.

3. Os Queijos devem ser higienizados ou lavados antes do consumo?

Não. Os queijos são produtos prontos para consumo. As boas práticas de fabricação devem ser adotadas na indústria durante as etapas de processamento, armazenamento e transporte do queijo para que o produto não apresente nenhum risco a saúde do consumidor. O consumidor apenas retira o queijo da embalagem e consome.
Antes de comprar um queijo é importante o consumidor observar as condições de armazenamento no local de comercialização e também o período de validade. Essas informações estão descritas no rótulo: a temperatura que ele deve ser mantido durante o armazenamento e também a sua validade.

4. O modo artesanal da fabricação do queijo em Minas Gerais a partir do leite cru foi registrado como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo IPHAN. O modo de fabricação do queijo minas artesanal torna a produção desses queijos diferentes dos demais queijos industrializados?

Sim. O processo de fabricação do queijo Minas artesanal é muito diferente dos queijos industrializados. Os queijos industrializados são fabricados a partir de leite pasteurizado e os queijos artesanais a partir de leite cru. Essa ausência de tratamento térmico preserva a microbiota endógena. Esta microbiota, mais rica e diversificada contribui para a formação do aroma e sabor mais pronunciados encontrados nos queijos artesanais.
Outra diferença é que na fabricação dos queijos industrializados normalmente são utilizados fermentos lácteos selecionados. Já nos queijos Minas artesanal utiliza-se o pingo – soro da fabricação do dia anterior - como fermento para fabricação do queijo. Esse fermento é rico em bactérias láticas que contribui para o direcionamento da fermentação do leite, abaixando o pH e diminuindo as chances do desenvolvimento de patógenos.
No entanto é importante ressaltar que, segundo a legislação federal, a elaboração de queijo a partir de leite cru é restrita as queijarias situadas em região com indicação geográfica certificada ou reconhecidas como tradicionalmente produtoras. Além disso, as propriedades devem estar localizadas em regiões certificadas oficialmente como livres de tuberculose e brucelose. Uma vez que o leite cru pode veicular alguns microrganismos nocivos a saúde humana, é importante que os queijos artesanais sejam maturados como complemento às boas praticas agropecuárias e de fabricação, para a garantia da inocuidade desses produtos.

5. Existe alguma diferença entre o queijo artesanal e os outros com relação à higienização durante a produção?

Não. Independente se o queijo é artesanal ou industrializado os cuidados mínimos de higiene necessários durante a fabricação de ambos os queijos são os mesmos. Como já comentado, é importante que o produtor faça uma correta higienização das mãos bem como de todos os utensílios e equipamentos que serão utilizados durante a fabricação dos queijos.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Millôr, a vida e o riso


Na terça feira, dia 27 de março morreu Millôr Fernandes, apesar da repercussão promovida pela mídia, com pequenas notas e biografias que pipocaram pela internet, seguindo a tradição dos óbitos, nada de mais ao grande público, possivelmente, vai apagar da memória todas essas façanhas da vida desse homem.

É pouco para o tamanho do gênio que era Millôr, nascido Milton Viola Fernandes. É bem possível que uma nova geração nem saiba de quem se trata e quando lerem o escrito acima vão achar exagero pedir mais atenção para o caso. Quando afirmamos que Millôr era um grande escritor, dirão que a academia de letras está cheia deles. Era cartunista, grande coisa, dirão em seguida, no domingo o jornal vai continuar saindo com as velhas tirinhas. Dramaturgo? O mundo tem um monte deles. Filósofo? Há séculos que eles estão por aí e mesmo quando eu lembrar que ele era tudo isso em um só, talvez ainda soe estranho, já que este homem não se expôs nos chamados, horários nobres. Acrescente-se que o velho autor repetia sempre: “Não sou nada”, causando mais espanto nestes tempos em que o “ser-tudo” vige sem cerimônia ou modéstia pelos velhos e novos canais de comunicação.

Os heróis de hoje são outros, produzem façanhas de uma natureza diferente, são jogadores de futebol, “artistas” de reality show, cantores de profundidade duvidosa, enfim uma fauna interminável que habita as manchetes dos jornais e outros meios. Por isso decidimos escrever esse texto não para quem conhece o tamanho do ser humano que era Millôr, pois estes já o admiram com certeza, mas para quem nunca ouviu falar de tal sujeito.

Vamos começar pela infância: nascido no Méier em 16 de agosto de 1923, foi registrado só no ano seguinte. Logo cedo já mudou de nome devido a uma assinatura duvidosa na certidão que fez muitos acreditarem que o Milton era mesmo Millôr . Logo cedo perde o pai. A mãe, Maria Viola Fernandes, fica com quatro filhos para sustentar e para tanto trabalha de costureira, como desgraça pouca é bobagem, Maria morre quando Millôr tem doze anos e já com essa idade tinha publicado um desenho n’O Jornal.

Com quatorze já estava trabalhando em uma das maiores revistas do país, O Cruzeiro, em três funções diferentes. Nessa mesma época ganha um concurso de contos da revista A Cigarra, logo em seguida começa escrever a seção “Poste escrito”, sob o pseudônimo de Vão Gogo, daí para frente ele começa acumular funções.

Logo, além de jornalista de renome e ilustrador, começa traduzir textos de forma autodidata, além de escrever peças de teatro e ganhar Prêmios por essas atividades. Poderíamos preencher todo o espaço desse texto enumerando os talentos deste homem, mas como citado acima, esse texto é voltado para um público que não conhece Millôr.

O fato é que esse mesmo homem quando foi aos Estados Unidos fez contato com Carmem Miranda, Walt Disney e Vinicius de Morais, participou da criação e implantação frescobol no Posto 4, Rio, fundou um dos maiores jornais do país com um monte de amigos de mesa de bar, o antológico Pasquim. Millôr também correu até alta idade, fez piada da Ditadura, isso durante os “anos de chumbo”, mas principalmente ele ensinou que o importante é rir, seja de si mesmo ou dos outros, seja da sociedade ou do governo, que levar a sério a vida torna as pessoas mais ranzinzas e mesquinhas.

Lucas Santos Lima
Núcleo de Difusão

Adriano Menezes
Roteiro

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