segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Debate analisa as relações entre Brasil e África

A mesa “A poesia cobrindo as distâncias entre a África e o Brasil” proporcionou, neste domingo, o encontro de personalidades do mundo literário e político desses países, como os escritores Abreu Paxe, Affonso Romano de Sant’Anna e Manuel Rui, no Cine Vila Rica. A mesa mediada por Carmen Tindó Secco.

Os poetas transformaram o evento em um saral, provocando reação da plateia ao recitar algumas de suas obras, relacionadas com a cultura brasileira e africana. O contista e ensaísta Manuel Rui, junto à “Trumpe Finca Pé”, apresentou um poema feito com a inspiração dessa visita a Ouro Preto para o Fórum, obra marcada pelo verso, “ Passa de toda maneira, mas escrava nunca mais”.

Responsável pela autoria do Hino Nacional da República de Angola, entoado pela cantora Kanguimbo Ananás em um dos momentos mais emocionantes do debate, Manuel Rui abriu também espaço para homenagear outro grande poeta de seu país, Viriato da Cruz. De acordo com Abreu Paxe, o reconhecimento deste autor é tão grande que a maioria dos jovens escritores africanos se inspira nesta personalidade.

O intercâmbio entre Brasil e África foi também defendido pelo mineiro Affonso Romano de Sant’Anna. “O Brasil levou mais de 500 anos para descobrir a África. A cultura deve existir para estabelecer esses laços”. O crescimento da presença da cultura dos povos africanos no Brasil foi também colocado em discussão pelo autor, que percebe hoje um maior interesse das universidades em conhecer a literatura africana. “Temos uma evolução, isso é importante, pois é difícil separar o movimento literário dos movimentos de libertação Nacional”, afirma.

* Fonte: Site do Fórum das Letras

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