quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Cinquentenário da Independência dos Países Africanos é tema de mais uma edição do 'Trocando Ideia '

Na última sexta-feira, 6 de agosto, aconteceu na Câmara Municipal de Ouro Preto mais uma ação do projeto de extensão da UFOP, “Trocando Ideia”. Os convidados dessa vez foram os pensadores senegaleses Abou Haydara e Boubacar Boris Diop.

A realização do evento faz parte das comemorações da Independência dos Países Africanos, que têm levado a população a refletir sobre a história do continente e a sua atual conjuntura. Expandindo o assunto, os pensadores trouxeram a discussão para os demais países e fizeram um pequeno relato sobre a colonização africana e seu processo de independência. Dois mil e dez é considerado o ano da África pelo fato de que em 1960, a maioria dos países da África, Ásia e América Latina realizaram manifestações para se libertarem do passado.

Boubacar Boris Diop afirmou que as comemorações são uma controvérsia na África. Alguns pensadores defendem a celebração desta data, já outros não. “É um excesso dizer quem em 50 anos nada de bom aconteceu na África”, afirmou o escritor senegalês. Durante a sua fala, ele ainda comparou o desenvolvido econômico da África em relação aos outros continentes e elucidou o atraso em que ela se encontra.

Para eles, pensar o passado é tentar encontrar o caminho mais viável. “Onde não há democracia não há desenvolvimento, e isso se reflete na educação, na saúde e nas taxas de mortalidade infantil”, argumenta Boubacar.

Outra defesa em relação à África é a manutenção de sua cultura. Abour trouxe a reflexão de que os hábitos adotados pelos africanos são europeus e que há a exclusão da língua de origem. Revitalizar as línguas de origem é uma forma de evitar a aculturação dos países africanos.

Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional - UFOP

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