Por Flávia Pupo
Feche os olhos e imagine uma redação de uma TV. Um monte de pessoas correndo para todos os lados, o telefone que não pára de tocar, a caixa de e-mail lotada e ao fundo uma piada sobre algo visto na internet ou sobre alguém que está entre você naquele ambiente. Pois é. É exatamente assim.
Durante toda
minha vida sempre tive duas certezas. A primeira é que eu queria cursar
Comunicação Social e a segunda era trabalhar com TV. Desde o principio da minha
vida acadêmica, a televisão me seguiu e me ajudou a aprimorar os meus
conhecimentos adquiridos na universidade. O meu interesse sempre foi pela
produção. Eu queria saber o que acontece atrás das câmeras, qual a real função
do apresentador e como é todo o processo para fazer um programa ou um telejornal
ir ao ar. E hoje eu posso afirmar: é magnífico. São muitas pessoas em prol de
uma gravação diária, que tem o objetivo de levar informação para milhares de
pessoas. Não é uma equipe, são várias equipes que se subdividem pelas suas
áreas de atuação e fazem todo um trabalho impecável para fazer acontecer,
afinal errar é humano, mas errar no jornalismo é imperdoável.
A televisão é
um lugar em que se aprende de tudo a todo momento quando se é apaixonado por
comunicação. Um detalhe, uma conversa, um minuto de atenção e você descobre
coisas que na teoria podem passar despercebidas. A correria é enorme e a
pressão do deadline também, mesmo em uma TV EDUCATIVA, como é o caso da TV
UFOP. E o que mais me fascina é aquilo que o telespectador não vê. É o que está
por trás das câmeras. É essa rotina diária de uma redação.
Um clima super
descontraído, que realmente te estimula a gostar do que faz mesmo quando seu
melhor amigo é o relógio. E não se assuste se vir o coordenador de produção
ligar o som do computador para ouvir sertanejo na maior altura ou o repórter te
enviar um vídeo super sério e quando você abrir é simplesmente algo inusitado. Ou
se a moça lá da edição que você conversa tão pouco aparecer com uma tacinha de
mousse ou vários chocolates, ou até mesmo se ouvir sua chefe reclamando de verba.
Não importa a redação ou o meio de comunicação, é assim em todos os lugares
denominados como redação de jornalismo.
Segundo o
dicionário, notícia é conhecimento, informação, exposição de um acontecimento.
No entanto a noticia é muito mais que isso. É trabalho duro, é compromisso e
responsabilidade com um público que espera todos os dias uma informação que
chame sua atenção, que dê respostas que ele busca e os livros nem sempre são
capazes de responder.
O objetivo é
sempre o mesmo, o que diferencia é a maneira como você leva essa informação. A
proximidade que a reportagem traz para o público é que faz a diferença. De uma
maneira que seja prazerosa assistir um telejornal e não simplesmente porque
naquele horário a família está reunida no sofá da sala.
E como
funciona? Feche os olhos novamente. E dessa vez, imagine câmeras, luzes sendo
carregadas para a sala de redação. Imagine computadores no chão ou sob um banco
de madeira desses que você tem em casa. Agora imagine duas placas bem grandes
que são o fundo desse telejornal onde seu fundo funciona como camarim para o
apresentador. E em volta imagine todo o resto da equipe produzindo as matérias,
digitando tudo silenciosamente para dar continuidade aos seus trabalhos, pois
um click e toda gravação tem que ser refeita. Imaginou? É assim que acontece
com a TV UFOP. Uma redação que ao mesmo tempo é um estúdio de gravação, lugar
pelo qual não passa apenas boas histórias e muito trabalho. Toda semana também
passa ali um farmacêutico ou um médico, ou um professor, até o reitor da
universidade aparece por lá. O motivo? Paixão. O amor pelo que faz, seja com limitações
de verba ou com uma estrutura nem sempre a melhor possível faz com que bons
profissionais façam belíssimos trabalhos como acontece aqui, na TV UFOP.
Não, espera
ai! Não vai embora não porque ainda tem mais. O trabalho não acaba por aqui.
Tem a pós-produção que é responsável por catalogar e registrar em arquivo todo
o material. Um trabalho minucioso que precisa de muita calma para guardar tudo
que foi feito durante a semana. Há matérias que são reaproveitadas e essa
organização ajuda toda a equipe. Cinco minutos depois da gravação e a correria
volta, os telefones não param e o trabalho continua.
É assim na TV UFOP todos os dias, semanas e
meses. E o que os move é a união e trabalho em equipe. A paixão por aquilo que
fazem. Afinal já dizia Gabriel Garcia Marquez: “Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só
para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja
obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não
concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que
nunca no minuto seguinte."
A caminhada é longa, mas subir cada degrau
com calma e transparência é a certeza de que aos poucos podemos alcançar o
sucesso. Assim, a televisão UFOP cresce e ganha seu espaço a cada dia que
passa.